quinta-feira, 29 de maio de 2014

As Regras da Senda ( Alice Bailey)

As Regras da Senda
(Regras do Caminho)




-A Senda é trilhada em plena luz do dia. Nada pode ser escondido, e a cada volta, o viajante  deve confrontar-se consigo mesmo. Conforme avança, leva consigo uma parte do guardião do umbral planetário. Quando um Iniciado se torna um Adepto ele leva ao Adeptado uma porção da Humanidade. Isso precisa ser meditado pelo Aspirante desenvolvido, pois o comum não pode encetar tamanho esforço. Seu guardião pessoal ainda está por deveras ativo. Quem pensa no caminho como uma realização pessoal ainda está cativo do guardião e, portanto, não pode contemplar a cadeia do infinito. Assim, somente o coração esquecido de si mesmo consegue chegar até Nós e ser acolhido como um canal para escoar o Fogo da Hierarquia. Mas ele escoa o Fogo do Coração do Mundo na proporção em que escoa a dor do mundo. O Buda ensinou isto. Poucos, de fato, o compreenderam.

-No Caminho o escondido é revelado. Cada um vê e sabe da vileza de cada outro (Não posso encontrar nenhuma outra palavra que designa a estupidez não revelada, a baixeza e ignorância crassa, e o auto-interesse que são as características distintivas do aspirante comum). E, no entanto, com aquela grande revelação, não há retorno, não há rejeição de uns aos outros e não há debilidade na Senda. A Senda segue em direção ao dia. Vê a vileza do outro para despertar a máxima compreensão, esse bálsamo do coração, pois na medida em que vejo a vileza do outro, também estou visível a quem me estende a mão um degrau acima.

-Ninguém percorre o Caminho sozinho. Não existe afobação nem pressa. E, no entanto, não há tempo a perder. Cada Peregrino, sabendo disso, força seus passos para frente e se encontra rodeado por seus companheiros. Alguns caminham à frente: ele segue. Alguns caminham atrás: ele estabelece o ritmo. Ele não viaja sozinho. A sensação de solidão é uma miragem a ser superada, ainda que estar sozinho possa inicialmente ser uma condição desejável quando as forças da Alma são transferidas para a personalidade. A ebulição dos fogos sutis pede reclusão  e reserva.



-Três coisas o Peregrino deve observar:
 Usar um capuz, a máscara que encobre seu rosto dos outros; levar um cântaro com água somente para suas próprias necessidades; carregar nos ombros um cajado sem um gancho para segurar.

-Cada Peregrino na Senda deve carregar consigo aquilo que ele precisa: um braseiro, para aquecer seus companheiros; uma lanterna, para iluminar seu coração e mostrar aos seus companheiros a natureza de sua vida velada; uma bolsa com ouro, que ele não espalha na Estrada, mas divide com os outros; um vaso lacrado, onde ele leva todas as suas aspirações, para depositar ante os pés Daquele Que aguarda para recebê-lo no portão - um vaso lacrado.

-O Peregrino, à medida que percorre o Caminho, deve ter o ouvido aberto, a mão generosa, a língua silenciosa, o coração purificado, a voz suave, o passo rápido e o olho aberto para ver a Luz. Ele sabe que não viaja sozinho.




Texto adaptado do Livro Miragem: um problema mundial, de Alice A. Bailey

Pérolas dos Ensinamentos 1


Perolas dos Ensinamentos





Amai!
Amai com o amor puro
que não exige recompensa,
com o amor impessoal
que se regozija quando há resposta,
embora não a espere.
Amai
constante, silenciosa e profundamente,
apesar das aparentes divergências.
Amai


com a segurança de que todos,

quando tiverem encontrado

o caminho e a morada,

compreenderão que não há caminho nem morada,
mas apenas Unificação.



A vida é apenas um breve momento
no largo ciclo da Vida.
O que vos leva a conhecer a fraqueza
de vosso irmão e a vos fixardes nela?
O que vos impulsiona à crítica e ao ressentimento?
A crítica é um reflexo do desamor.
Sereis ainda tão imperfeitos,
faltar-vos-á ainda tanto amor,
que o conhecimento vos possa conduzir
aos negativos véus da separatividade?
Aprendei a amar. E desse amor advirá a luz
que vos conduzirá ao verdadeiro conhecimento.
Só então a Vida se vos abrirá,
trazendo-vos novos ciclos de união,serviço e beleza.



Mestre D.K por Alice Bailey



Do livro “SERVINDO A  HUMANIDADE”